Dia Mundial da Arte e a necessidade de repor as perdas do setor cultural desde 2020

| 11/04/2022

Em homenagem ao aniversário de Leonardo da Vinci, artista nascido em 1452 e cuja obra se mantém viva e relevante até hoje, 15 de abril é considerado o Dia Mundial da Arte.

Os últimos anos, porém, tem sido desafiadores para quem vive da arte. Não é novidade que a pandemia de Covid-19 impactou diretamente a economia criativa em todo o mundo, eliminou empregos e expôs a vulnerabilidade dos profissionais da área cultural, mas relatórios da ONU apresentam os números de modo bastante concreto, e reforçam a ideia de que é preciso fortalecer os investimentos em cultura.

 

Antes de mostrar abaixo dados sobre o mercado da cultura no Brasil e no mundo, lembramos que empresas – e até pessoas físicas – podem utilizar diversas leis de incentivo para apoiar projetos culturais sem custos.

O relatório “Remodelando Políticas para a Criatividade” publicado este ano pela UNESCO – agência especializada em educação e cultura da ONU, revelou a perda de 10 milhões de empregos em todo o mundo e a queda de receita entre 20% e 40% do setor cultural, que é atualmente responsável por 3,1% do Produto Interno Bruto Global e 6,2% das vagas de emprego.

 

No documento, a agência da ONU deixa claro que os investimentos públicos em cultura já vinham em queda antes da pandemia, mas que a crise colapsou a renda e precarizou ainda mais as condições de trabalho de muitos artistas no mundo todo.

 

No Brasil, aproximadamente 500 mil empregos do setor da cultura foram perdidos em 2020, ano de início da pandemia, e não foram recuperados até meados de 2021, segundo a PNA Contínua, levantamento produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

(veja mais informações aqui, na Pesquisa de Percepção dos Impactos da Covid-19 nos setores cultural e criativo do Brasil, da Unesco).

 

Foto: Samuel Lorenzetti.

Legenda:  Grupo Último Tipo apresenta peça “Rio que Passa Lá”

Notícias relacionadas