Você sabia que a cultura representa 3,39% do PIB mundial e 3,55% dos empregos no planeta? É o que mostra o Relatório Mundial sobre Políticas Culturais — “O ODS que falta”, divulgado pela UNESCO durante a MONDIACULT 2025, em Barcelona, com a participação de cerca de 120 ministros da Cultura de vários países do mundo.
O relatório destaca que a cultura é um motor econômico e social importante, mas ainda pouco explorado. Por isso, a proposta é que ela ganhe um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) específico na agenda pós-2030 da ONU, garantindo mais investimentos, indicadores claros e reconhecimento internacional. Segundo a UNESCO, a falta da cultura na Agenda 2030 dificultou investimentos no setor e a criação de formas de medir resultados.
O levantamento foi feito com base em 1.200 relatórios locais e nacionais e 200 estudos de caso de 2019 a 2024. Ele cobre todas as regiões e áreas culturais e fornece uma base concreta para orientar novas políticas e reforçar a cooperação internacional.
Hoje, 93% dos países-membros da UNESCO incluem a cultura em seus planos nacionais de desenvolvimento sustentável, contra 88% em 2021. E os números da economia cultural são impressionantes: só o turismo cultural gerou 741,3 bilhões de dólares em 2023 (cerca de 633 bilhões de euros) em 250 cidades do mundo.
Mas nem tudo é positivo. O relatório mostra que desigualdades de gênero ainda são fortes. As mulheres representam 38% da força de trabalho cultural, mas recebem apenas 20% dos fundos públicos e ocupam menos de 30% dos cargos de liderança. Apenas 9% dos artistas acreditam que seus direitos econômicos e sociais estão bem protegidos. E, embora 60% dos países tenham leis de salário mínimo para artistas, a aplicação efetiva ainda é baixa, confirmada por apenas 22% das ONGs consultadas.
O relatório reforça que é urgente criar políticas inclusivas e baseadas em dados concretos, que enfrentem desigualdades e, ao mesmo tempo, aproveitem a inovação tecnológica. Se forem preenchidas as lacunas em investimento, igualdade de gênero e acesso digital, a cultura pode se tornar uma força poderosa para diversidade, criatividade e resiliência nos próximos anos.
Veja mais informações sobre o relatório nesta reportagem.
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