Festival de Música Histórica: programação do dia 27 de abril

| 27/04/2021

A Direção Cultura apresenta, entre os dias 26 e 28 de abril, em seus canais nas redes sociais, o Festival de Música Histórica. Ao todo, nove concertos serão transmitidos da centenária Igreja N.Sra. de Lourdes, na colônia suíça de Helvétia, no interior de São Paulo.

Você pode acompanhar as transmissões ao vivo pelo Facebook e pelo Youtube da Direção Cultura, a partir das 19h.

Na terça-feira, 27, o primeiro concerto da noite é com o conjunto Capella Campinas, que preparou para o Festival um programa centrado no Fortepiano, o Piano do século XVIII.

Na sequência, se apresenta o Quinta Essentia Quarteto, o principal representante da flauta doce no Brasil e um dos mais importantes grupos de música de câmara brasileiros da atualidade.

Os Barrocos da Acafi finalizam a programação da noite. Especializado no repertório musical europeu escrito nos séculos XVII e XVIII, o grupo utilizaréplicas e instrumentos originais do então conhecido período barroco.


PROGRAMA – DIA 27 DE ABRIL

19h – CAPELLA CAMPINAS

 1. JOHANN S. BACH (1685-1759) – RICERCAR a 3 da Oferenda Musical, c moll BWV 1079

2. S. BACH (1685-1759) – PRÉLUDE da Suíte para Violoncello em Sol Maior BWV 1007

3. JOHANN S. BACH (1685-1759) – SONATA para Violino e Bx. continuo em Sol Maior BWV 1021.  ADAGIO, ALLEGRO                          

4. GIUSEPPE TARTINI (1692-1770) – GRAVE ED EXPRESSIVO, d moll, Vc e B.C.                     

5. JOHANN S. BACH (1685-1759) – ADAGIO do Concerto para Cravo em Sol Maior BWV 1056

6. WILHELM FRIEDEMANN BACH (1710-1784) – ANDANTE. Conc. c moll para Fortepiano e Cordas, C 73

7. SIGISMUND NEUKOMM (1778-1858) – Allegro ALLA TURCA, para Fortepiano, Violino e Cello

 

20h – QUINTA ESSENTIA

  1. TIM RESCALA (1961) – A banda de pífaros de Rei Arthur (2019)     
  2. JOHANN PACHELBEL (1653-1706) – Canon in D (ou C)                                        
  3. GEORG MUFFAT (1653-1704) – Ciacona in G                                     
  4. VILLA-LOBOS – Bachinas Brasileiras n. 5: Ária/Cantilena (1938)     
  5. VILLA-LOBOS (1887-1959) – A lenda do caboclo (1920) 
  6. RADAMÉS GNATTALI (1906-1988) – Lenda (1939                          
  7. RADAMÉS GNATTALI (1906-1988) – Seresta n. 1 – Samba (1930)           
  8. RADAMÉS GNATTALI (1906-1988) – Seresta n. 2  (1932)  
  9. CÉSAR GUERRA PEIXE (1914-1993) – Mourão, estilo cantoria nordestina

 

21h – BARROCOS DA ACAFI

 1. CORELLI (1653-1713) – Sonata da chiesa Op.3 n.2 em Ré Maior 

2. J. S. BACH (1685-1750) – Wenn die Frünlingslüfte streichen. Ária soprano da cantata BWV 202                          

3. J. S. BACH (1685-1750) – Zurücke, zurücke, geflügelten Winde. Ária de soprano da cantata BWV 205   

4. F. COUPERIN ( 1668-1733 ) – Le Parnasse ou l’apothéose de Corelli                                

5. ANÔNIMO (1759) – Herói, Egrégio, Douto, Peregrino. Recitativo e ária para soprano.


Conheça os grupos participantes no dia 27 de abril:

Capella Campinas

Conjunto que se espelha no “conceito” do fazer musical com bases na interpretação historicamente formada, ou seja, referenciada pelos tratados de época observados pelos seus integrantes, que utilizam instrumentos originais ou cópias fiéis aos princípios da época. Para o Festival de Música História, o grupo preparou um programa cujo “centro da escuta” é o Fortepiano (o Piano do século XVIII), que se impõe de modo revelador com a Ricercar a 3 de Johann Sebastian Bach (1685-1750), perpassando diferentes momentos da estética Setecentista, para concluir com a Alla Turca, composta no Rio de Janeiro em 1819 por SigismundNeukomm (1778-1858), compositor austríaco – aluno de J. Haydn, que chegou ao Brasil após o casamento da Imperatriz Leopoldina com D. Pedro I.

Músicos:

Edmundo Pacheco Hora: Doutor em Música, na modalidade Cravo pela Unicamp,  desenvolve o seu trabalho baseado na interligação das técnicas específicas dos instrumentos antigos de teclado, possuindo em seu acervo atualmente cravos, órgão, clavicórdio e fortepianos – duas réplicas de 1796 e um original do séc. XIX. Tocou em diversos Festivais, em locais como Rio de Janeiro (Sala Cecilia Meirelles e Theatro Municipal), Florianópolis, Brasília, S. Paulo e Curitiba, na Sala São Paulo e Mozarteum em Montevidéo – Uruguay. Apresentou-se no Concertgebow de Amsterdã, De Doelen de Roterdã, Muziek Centrum Vredenburg de Utrecht, em Berlim, Stuttgart BadKreutzingen na Alemanha, Zurique e Basel na Suíça, Atenas e Tessalonica na Grécia, Lisboa e Aveiro em Portugal e em Paris, na França. Idealizador e Coordenador Geral do PERFORMA CLAVIS 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020 – Internacional (USP, UNESP, UNICAMP) em São Paulo. Professor de Cravo e Música Barroca no Instituto de Artes da UNICAMP e credenciado como Professor no Programa de Pós-Graduação em Música, Mestrado e Doutorado em Cravo e Musicologia Histórica.

 

Marcus Held (Violino Barroco): Doutorando e Mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Violinista e pesquisador especializado em música dos séculos XVI, XVII e XVIII. Spalla do EOS-Música Antiga USP e da Trupe Barroca. Professor de Violino Barroco, História da Música e Música de Câmara do Conservatório de Tatuí. Criador do projeto Música Pretérita, dedicado à difusão da pesquisa em Música Histórica.

 

 

 

 

 

Fabrício Leandro Rodrigues (violoncelo):

Graduado pela universidade Mozarteum de São Paulo, é primeiro violoncelo da orquestra do Theatro São Pedro e também membro da Bachiana Filarmônica Sesi SP.

Atuou como solista à frente da ORTHESP, Jazz Sinfônica e Orquestra experimental de repertório em concertos realizados na Sala São Paulo e Teatro Municipal de São Paulo.

 

 

 

Quinta Essentia Quarteto

Principal representante da flauta doce no Brasil e um dos mais importantes grupos de música de câmara brasileiros da atualidade. Sua formação inusitada, com quatro integrantes e um único instrumento, inspira novos trabalhos, fomenta novos públicos e divulga a cultura brasileira e a música de câmara nacional em diferentes países do mundo.Os concertos do Quinta Essentia são para o público um momento mágico de experimentação das possibilidades infinitas da flauta doce. De uma maneira eclética e muito musical, o grupo apresenta a versatilidade da flauta barroca, e da sua família de instrumentos, em diferentes cenários musicais.

Ganhador de diversos prêmios, o grupo possui uma discografia importante para a flauta doce no Brasil. O álbum La Marca (2008) é resultado do Prêmio Estímulo 2007 da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Falando Brasileiro (2014) é dedicado à música nacional, e soma-se, ainda, a participação em importantes coletâneas, como o Diálogos Improváveis (2016) da CPFL e o CD do Festival de Chiquitos (2015), e suas produções internacionais A Arte da Fuga (2017) dedicado à música de Bach, e seu mais recente trabalho Caboclo (2020) dedicado à música brasileira do séc. XX, ambos lançados pelo selo alemão ARS Produktion, marcam assim a presença da flauta doce brasileira na música de câmara internacional.

O exemplo profissional é de extrema importância para a formação. Assim, em paralelo com sua carreira artística, os membros do grupo atuam como professores de flauta doce e estão em constante capacitação pedagógica para realizar um trabalho de formação de jovens músicos e amantes da música com excelência.

Músicos:

 

Francielle Paixão (flauta doce) – Formada em Flauta Doce pelo Conservatório Estadual deMúsica de Pouso Alegre/MG – CEMPA, Regente Coral formada pela FMU/ FAAM, especialista em musicoterapia-FMU e formada em fonoaudiologia-CEV. Como flautista, integrou o grupo de música antiga e contemporânea Le Bizarre gravando o CD Le Bizarre Música do Mundo, o CD Conexão Telemig Celular com o músico Toninho Horta e o DVD Música do Mundo. Integrou o Grupo de Música Antiga da USP/ECA e foi cantora do Coral Cênico da Unifesp, realizando o musical “A Noiva do Condutor”, de Noel Rosa e Kátia e Paulo. Atualmente, é Regente Coral e professora no projeto GURI Santa Marcelina.

 

 

Gustavo de Francisco (flauta doce) – Em 2006, fundou o Quinta Essentia Quarteto, seu trabalho mais expressivo, em que, além de músico, é o diretor musical. Desde 2013, escreve artigos sobre flauta doce para a revista American Recorder da American Recorder Society e para o blog FlautaDoceBR. Professor capacitado no Método Suzuki com formação em cursos de professores no Brasil, Peru e Estados Unidos, foi convidado em 2020 a coordenar o instituto de flauta doce durante a Conferência da Suzuki AssociationoftheAmericas, em Minneapolis/EUA. Em sua carreira como solista, foi premiado em concursos destacando o Primeiro Lugar no Concurso Magda Tagliaferro de flauta doce (1994). Engenheiro de formação e fotógrafo por paixão, é integrante e convidado, contribuindo para o trabalho de diversos grupos de música de câmara.

Marina Mafra (flauta doce) – Graduada em Música pela Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG e natural de Belo Horizonte (MG), iniciou sua trajetória na música aos 6 anos, na Fundação de Educação Artística (FEA), tocando flauta doce. Ao longo dos anos estudou também piano, flauta transversal, canto e violoncelo. Foi professora de flauta doce na FEA, na UEMG e no Conservatório Estadual de Música de Varginha – CEMVA. Integrante do grupo MusicaFigurata, desde 2010 participa de diversos concertos, incluindo concertos no 30° Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora. Atualmente é mestranda em música, com especialização em Flauta de Bisel, pela ESART/IPCB (Escola Superior de Artes Aplicadas/Instituto Politécnico de Castelo Branco), em Portugal, sob a orientação do flautista António Carrilho.

Renata Pereira (flauta doce) – É Doutora e Mestre em Música do Programa de Pós Graduação da ECA/USP, e Bacharel em flauta barroca pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Em 2014, obteve o título de “TeacherTrainer” pela Suzuki AssociationofAmericas, em Minneapolis/MN nos Estados Unidos. Tem participado ativamente de cursos no Brasil, Peru e Estados Unidos nesta área desde 2003. Foi premiada em concursos, destacando-se o Programa Furnas Geração Musical (2004) como única representante da flauta barroca na final do concurso. Em 2006, fundou o Quinta Essentia Quarteto de flautas, realizando concertos nas séries de concertos e festivais mais respeitados no Brasil e no exterior. Em 2011, em conjunto com outros três professores Suzuki, fundou o Centro Suzuki de Educação Musical (São Paulo), que se tornou referência no ensino de música em São Paulo.

Barrocos da Acafi

O grupo “BARROCOS DA ACAFI” foi criado por integrantes da Associação Camerata Filarmônica de Indaiatuba, que são especializados no repertório musical europeu escrito nos séculos XVII e XVIII. Para os concertos, o grupo utiliza réplicas e instrumentos originais do então conhecido período barroco. As características dos instrumentos antigos e a leitura historicamente  informada dão aos intérpretes ferramentas que possibilitam levar à audiência uma rica proposta sonora que remete aos salões musicais europeus do passado e renova o interesse por obras já conhecidas do público, que podem vir a revelar a sua real beleza quando tocadas por uma orquestra barroca. Fazem parte do grupo  Alexandre Cruz (direção musical e violino barroco), Isabel Kanji (cravo), Ludmila Thompson (soprano), Marcus Held (violino barroco) e Sabrina Passarelli (violoncelo barroco).

 Conheça os músicos:

Alexandre Cruz (direção musical e violino barroco): formado em música pela UNICAMP na classe de violino do Prof. Esdras Rodrigues, se especializou em música antiga com o violinista barroco Luís Otávio Santos pela EMESP. É professor de violino e coordenador pedagógico da Escola Municipal de Música Heitor Villa-Lobos, em Americana-SP. Também tem atuado na direção musical, como regente convidado, e atualmente ocupa as posições de spalla e regente assistente na Camerata Filarmônica de Indaiatuba.

 

 

 

 

Isabel Kanji (cravo): é bacharel em piano e Mestre em Musicologia pela USP. Especializou-se em cravo com Alessandro Santoro na EMESP e frequentou cursos de aperfeiçoamento com o renomado cravista Jacques Ogg tanto no Brasil quanto no exterior. Atua como cravista acompanhadora na classe de canto barroco de Marília Vargas na EMESP desde 2013. Camerista em diversas formações é também professora de piano e música de câmara no Conservatório Municipal de Guarulhos. Neste ano de 2021 participou como Professora de Cravo ao lado de Alessandro Santoro e Fernando Cordella no 42º CiVEBRA.

 

 

 

Ludmila Thompson (soprano): especialista em repertório barroco, apresentou-se em concertos com alguns dos nomes mais importantes do cenário nacional, como Luís Otávio Santos, Nicolau de Figueiredo, Marília Vargas, Ricardo Kanji, Mônica Lucas e Fernando Cordella. Também teve experiências com grandes nomes do cenário internacional, como Helmuth Rilling, Hans-Christoph Rademann e Kathy Romey.

 

 

 

 

Marcus Held (violino barroco): Doutorando e Mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo (USP). Violinista e pesquisador especializado em música dos séculos XVI, XVII e XVIII. Spalla do EOS- Música Antiga USP e da Trupe Barroca. Professor de Violino Barroco, História da Música e Música de Câmara do Conservatório de Tatuí. Criador do projeto Música Pretérita, dedicado à difusão da pesquisa em Música Histórica.

 

 

 

 

Sabrina Passarelli (violoncelo barroco): é bacharel em Violoncelo formada pela Unicamp como prof. Dimos Goudaroulis. Participou do projeto “Bach antes de Bach depois de Bach”, realizado pela Unicamp em 2002, sob orientação de Manfredo Kraemer. É integrante da Oficina de Cordas, com a qual viajou em mini-turnê na Europa com o “Concerto à brasileira”, apresentando-se no complexo Gasteig em Munique (Alemanha) em 2017. Atualmente faz parte da direção da Camerata Filarmônica de Indaiatuba, junto à maestrina Natália Larangeira, sendo também membro (violoncelista) do Quarteto Guarany e da Camerata Filarmônica.

 

Festival de Música Histórica

Datas: 26 a 28 de abril, às 19h

Transmissão: pelo facebook e youtube Direção Cultura

Mais informações: comunicacao@direcaocultura.com.br

Confira a programação completa neste link.

Conheça os grupos participantes do dia 26 de abril, aqui.

Conheça os grupos participantes do dia 28 de abril, aqui.

Notícias relacionadas